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Pesquisa do Lepec sobre aglomerações e deslocamentos na pandemia é destaque na Folha de São Paulo

Data da publicação: 12 de junho de 2020 Categoria: Sem categoria

O jornal Folha de São Paulo publicou no dia 25 de abril de 2020 reportagem dando destaque à pesquisa do Lepec sobre aglomerações e deslocamentos durante o isolamento social obrigatório em meio à pandemia global do novo coronavírus, que é coordenada pelos professores-pesquisadores Danyelle Nilin Gonçalves e Irapuan Peixoto Lima Filho, e conta com a parceria dos pesquisadores Harlon Romariz e Rafael Mesquista. A investigação é parte da série de estudos que o laboratório vem realizando sobre esse momento singular à vida social.

Veja a reportagem original neste link.

Intitulada Fortaleza usa carro de som e caminhão vaporizador contra avanço de Covid na periferia, a reportagem toma como mote as ações da Prefeitura Municipal de Fortaleza para combater a pandemia e fortalecer a prática de isolamento social, enquanto apresenta os dados da pesquisa do Lepec.

Segundo a pesquisa feita por meio de um questionário enviado online e respondido por 1.977 pessoas entre 8 e 11 de abril, 85% dos entrevistados da Barra do Ceará responderam “não” à pergunta “As pessoas da sua rua estão respeitando a quarentena?”.

No Vicente Pizón, esse número foi de 75% e, no José Walter, 57%, bem superior as respostas negativas de pessoas que vivem em bairros de áreas nobres como Aldeota (19%) ou Meireles (21%).

Caminhão vaporizador roda por bairros de Fortaleza com substância que ajuda a conter o novo coronavírus – Prefeitura Fortaleza/Divulgação

A matéria também traz as falas da professora Danyelle Nilin Gonçalves, coordenadora da pesquisa:

“Percebemos que as pessoas em bairros mais pobres têm mais dificuldade em manter o isolamento porque precisam sair para trabalhar. Condomínios não dispensaram porteiros ou zeladores, muitas pessoas não abriram mão de babás ou diaristas”, disse a socióloga Danyelle Nilin, que, ao lado dos pesquisadores Irapuan Peixoto, Harlon Romariz e Rafael de Mesquita, elaborou a pesquisa cujos números preliminares foram divulgados nesta semana.

Segundo Nilin, os dados recolhidos mostram que tarefas costumeiras do dia a dia, como ir ao supermercado ou pagar conta em bancos ou lotéricas, continuaram a ser feitas normalmente em áreas mais periféricas, onde as pessoas não tem acesso a bancos por aplicativos de celular ou computadores.

Mas não só isso. “As pessoas não conseguem deixar de ficar na calçada conversando com o vizinho, ou jogando cartas com os amigos. É uma questão cultural”, disse Nilin.

Os pesquisadores publicaram um Relatório Parcial da investigação, no dia 17 de abril (veja aqui), e os resultados preliminares vêm causando alguma repercussão na imprensa local e nacional. A análise dos dados prossegue e outras pesquisas derivadas seguem em desenvolvimento, com focos nas periferias de Fortaleza, nas cidades do Ceará, assim, como nos efeitos do isolamento social na relação de ensino e aprendizagem, tanto com alunos quanto com professores.

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