Dados sobre deslocamento para trabalho durante o isolamento social em pesquisa do Lepec são destacados no jornal O Povo
Data da publicação: 15 de junho de 2020 Categoria: Sem categoriaNo dia 14 de maio de 2020, o jornal O Povo deu destaque aos dados da pesquisa do Lepec sobre os deslocamentos para o trabalho em meio ao isolamento social causado pela pandemia global do novo coronavírus. A investigação é comandada pela professora Danyelle Nilin Gonçalves e conta com o professor Irapuan Peixoto Lima Filho e a parceria com os pesquisadores Harlon Romariz e Rafael Mesquita.
Leia a reportagem original neste link.
Sob a manchete Fluxo por motivo de trabalho durante quarentena é maior nas regionais mais pobres, O Povo comentou os dados da pesquisa, dando ênfase ao fato de que membros de famílias com menor renda moradores de bairros mais pobres das periferias de Fortaleza se deslocavam mais para o trabalho em meio ao isolamento social compulsório causado pela pandemia.
A fala captada pela professora Danyelle Nilin destaca como a desigualdade social impacta o modo como as pessoas podem se proteger da Covid-19, já que os mais pobres são mais exigidos para trabalhar fora de casa, enquanto aqueles de renda mais alta têm maiores condições de realizar trabalhos em home office, por exemplo. Os trabalhadores de menor renda necessitam se deslocar de seus bairros de origem para aqueles centrais e de renda mais alta da cidade, onde há maior oferta de postos de trabalho.
A reportagem diz:
Na regionais I, III, V e VI, respectivamente, precisam se deslocar para trabalhar 46,9%, 47,8%, 48% e 46,6% dos entrevistados.
Na regionais II e IV o número de pessoas que precisa se deslocar para o trabalho é quase a metade, em média 27,5%. Essas áreas, que agregam os 10 bairros com maior renda nominal média de Fortaleza, são as que mais recebem fluxo de trabalhadores de outros locais. O relatório apontou que Aldeota e Centro foram os bairros mais citados como destino de trabalho.
Danyelle Nilin é professora do Lecep [sic] e uma das autoras da pesquisa, ao lado do professor Irapuan Peixoto e dos mestres Harlon Romariz Rabelo Santos e Rafael de Mesquita Ferreira Freitas. Ela explica que nas regionais com concentração maior de renda é onde se tem a maior quantidade de empregos que permitem home office. É mais uma face da desigualdade social, como aponta ela, uma vez que bairros que, de certa forma, concentram menos renda requerem a presença física do trabalhadores, que não são dispensados.
Nesse contexto, Nilin comenta como, além de medidas sanitárias, é preciso combater a desigualdade social.
A matéria ressalta que a pesquisa entrevistou quase 2 mil pessoas em 120 bairros da cidade.