Pesquisa do Lepec sobre professores em meio à pandemia é destaque no Diário do Nordeste
Data da publicação: 16 de junho de 2020 Categoria: Sem categoriaNo dia 25 de maio de 2020, o jornal Diário do Nordeste deu destaque à pesquisa do Lepec sobre como os professores estão enfrentando os desafios trazidos pela pandemia global do novo coronavírus. Coordenada pela professora Danyelle Nilin Gonçalves, a investigação é de âmbito nacional e recebeu uma maciça resposta de profissionais tanto da Educação Básica quanto da Superior.
Veja a reportagem original neste link.
Os resultados da pesquisa apontam para a sobrecarga de trabalho dos professores dentro do regime remoto ou EAD (Educação a Distância) subitamente adotado para contornar a proibição das aulas presenciais por causa da Covid-19; e também os sentimentos (geralmente negativos) que predominam neste momento tão singular pela qual o mundo inteiro está passando.
Sob o título Professores relatam dilemas da mudança de salas físicas a virtuais, a reportagem, diz:
Se por um lado as mudanças impostas pela pandemia favorecem aprendizados, por outro, geram sobrecarga e ansiedade em profissionais da educação. É o que apontam os resultados preliminares de uma pesquisa do Laboratório de Estudos em Política, Educação e Cidade (Lepec), da Universidade Federal do Ceará (UFC), que já obteve 5.800 respostas nacionalmente, 950 delas de professores do Ceará. Os dados apontam que apenas 10% deles já faziam vídeos para plataformas online, por exemplo – e que sete em cada dez apontaram ansiedade e esgotamento como os sentimentos mais presentes, hoje.
Além disso, cerca de 33% dos entrevistados afirmaram trabalhar de 8h a mais de 12 horas diárias, e quase um terço se envolve em atividades escolares em mais de cinco dias por semana. Para a pesquisadora Danyelle Gonçalves, professora de Ciências Sociais da UFC, a sobrecarga e as preocupações são ainda maiores para profissionais acima de 40 anos.
“Eles são imigrantes digitais, tiveram que aprender a lidar com diferentes tecnologias e plataformas que não faziam parte do cotidiano. As novas gerações já são alfabetizadas nisso”, pontua.
Danyelle alerta ainda que, diante de tudo isso, é preciso atenção à saúde mental de quem ensina e de quem aprende. “Uma coisa é uma aula física, com 50 ou 110 minutos, outra coisa são 55 minutos na frente do computador. O processo educacional precisa ser agradável e fazer sentido para todos os atores, tanto alunos como professores. Depois dessa pandemia, muito provavelmente as práticas não vão retornar exatamente como eram antes”, conclui a pesquisadora.