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Reportagens na imprensa comentam pesquisa do Lepec

Data da publicação: 12 de junho de 2020 Categoria: Sem categoria

O Lepec vem fazendo uma série de pesquisas sobre a vida social dos brasileiros em meio à pandemia mundial do novo coronavírus, e os professores Danyelle Nilin Gonçalves e Irapuan Peixoto Lima Filho publicaram, no dia 17 de abril de 2020, um relatório parcial da vertente sobre os deslocamentos e as aglomerações na cidade de Fortaleza, conforme se pode ver neste post. O relatório, produzido em parceria com os sociólogos e pesquisadores Harlon Romariz Rabelo Santos e Rafael de Mesquita Ferreira Freitas, causou repercussão na imprensa e foi motivo de reportagens nos noticiários Diário do Nordeste e Brasil de Fato no dia 22 de abril.

No Diário do Nordeste, a matéria intitulada Isolamento social é menos seguido nas Regionais I, III e V da Capital, dá destaque ao descumprimento do isolamento social em Fortaleza, em particular nas periferias, e a necessidade de deslocamento para o trabalho dos que possuem menor renda familiar, em especial no transporte público. Reportagem de capa do matutino, a longa matéria dá destaque aos dados do Relatório e cita tabelas e gráficos, adaptando-os como infográficos.

Veja a reportagem original neste link.

O Diário do Nordeste dá destaque a alguns dados, como no trecho:

A pesquisa divide as situações para desrespeito à quarentena em duas categorias: as de ordem prática e as comportamentais. Na primeira, estão ações como comprar comidas e remédios, pagar contas ou sair para trabalhar. Por isso, entre os locais indicados pelos respondentes com maior aglomeração de pessoas, estão supermercados (60,8%), casas lotéricas (45,6%) e pontos de ônibus ou terminal (19,7%). A pesquisa não forneceu o campo “agências bancárias”, onde há concentração nos últimos dias pela busca ao benefício de R$ 600 do Governo Federal.

Também traz a fala dos pesquisadores, como no trecho:

Para a socióloga Danyelle Nilin, líder da pesquisa, na periferia ainda não há tanta adesão a serviços virtuais que tornam a presença física menos necessária, como pagar contas. “O conhecimento prévio é muito definidor de como as pessoas agem. Não é tão simples, em um mês, uma pessoa que não usava aplicativo mudar de cultura, ainda que ela tenha acesso a celular e internet. Viver em habitações muito precárias e aglomeradas também pode ser um desestímulo”, observa ela, que assina a pesquisa com Irapuan Peixoto, Harlon Romariz e Rafael de Mesquita.

Quanto ao deslocamento, o jornal cita:

O estudo da UFC alerta que há “fortes riscos para as periferias” em relação à disseminação da Covid-19 porque a parcela da população que mantém a circulação na cidade “está se expondo mais ao risco de se contaminar” – inclusive no transporte público, como lembra o professor Irapuan Peixoto, do Departamento de Ciências Sociais da UFC.

“Chama atenção que tipos de postos de trabalho elas ocupam: são babás, faxineiras, porteiros, zeladores. Quem realiza esses serviços continua a trabalhar, seja para empresas, condomínios ou famílias. No caso específico da Aldeota, além de comércios e bancos, tem muita demanda por serviços domésticos, que levam uma grande quantidade de pessoas a esse deslocamento”, descreve.

No mesmo dia 22 de abril também a pesquisa foi destaque no Brasil de Fato, com a manchete Situação socioeconômica do bairro é determinante para isolamento, diz pesquisa da UFC, que dá destaque ao não cumprimento do isolamento nas periferias da cidade.

Veja a reportagem original neste link.

A matéria ressaltou a utilidade pública da pesquisa, já que pode fomentar as políticas públicas, como a seguir:

De acordo com a professora e pesquisadora do Lepec, Danyelle Nilin Gonçalves, a pesquisa pretende permitir que os governantes atentem para os dados obtidos e possam pensar em estratégias eficazes no combate ao coronavírus. Ela também alerta para as dificuldades dos habitantes de alguns bairros conseguirem fazer o isolamento social, “a pesquisa alertou para a profunda desigualdade de Fortaleza e das dificuldades de isolamento nas periferias, e de como para as camadas mais pobres, a obrigação do trabalho presencial, o uso de transporte coletivo e as aglomerações nos bairros de origem, podem elevar tremendamente os índices de contaminação”. A pesquisa foi enviada para prefeitura de Fortaleza e para o governo do Ceará.

Uma das questões investigadas pela pesquisa foi a percepção dos entrevistados em relação a sua vizinhança, se estava cumprindo as normas de isolamento social – Divulgação Governo do Ceará.

Também trouxe os dados sobre as aglomerações:

Quanto a aglomerações, a pesquisa questionou aos entrevistados as situações em que se observava um maior agrupamento de pessoas. A opção mais respondida foi supermercados, com 60,8%, seguido de pessoas sentadas da calçada com 49,1% e em casas lotéricas com 45,6%. Quando se estratificou as situações por bairros e Secretarias Executivas Regionais (SER), que é a forma divisão administrativa dos bairros de Fortaleza, observou-se que a condição socioeconômica do território reflete nas razões da aglomeração. Ir às lotéricas e grupos de pessoas sentadas nas calçadas são mais frequente nas SER 3 e 5, que são compostas por um grande número de bairros de baixa renda. Contrariamente, na SER 2, que inclui os bairros de maior renda, é onde se vê as maiores aglomerações em supermercados e onde não se vê aglomerações.

Os pesquisadores do Lepec seguem analisando os dados e realizando as sequências da pesquisa durante o isolamento social.

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